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    TEC 815 é uma revista digital online feita para pessoas de bom gosto, abordando conteúdos de interesse para homens e mulheres. Possui um formato dinâmico e interessante sendo hoje um diferencial na internet.

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    6 de outubro de 2014

    Fordlândia - A cidade fantasma brasileira

    Você já ouviu falar das cidades fantasmas, certo? Há muito conteúdo sobre elas na internet, é verdade, mas você conhece elas profundamente? Sabe que cidades fantasmas também são modernas e não somente aquelas dos filmes de velho oeste? Sabia que uma das mais famosas do mundo está no Brasil?

    Sim, isso mesmo, aqui no Brasil. E para apresentar essas curiosidades interessantíssimas sobre as cidades fantasma é que toda sexta-feira o Tec 815 vai trazer um artigo novo com uma cidade fantasma, sua história, o porquê do abandono e claro, muitas imagens incríveis.

    E hoje, não poderia ser diferente, não teríamos como começar com outra senão a prata da casa. Confira agora a história da Fordlândia.

    O SONHO AMERICANO NO BRASIL

    Se você ao ler o nome acima rapidamente associou à marca Ford de veículos ou ao seu criador o americano Henry Ford, só posso dizer uma coisa, você está totalmente certo. A história desta cidade encravada na selva amazônica, às margens rio Tapajós.

    Fordlândia encravada no Pará

    A cidade foi criada para resolver um problema causado pelo incrível sucesso do império de Ford. Até o início dos anos 1900, os EUA devoravam mais de 70% da borracha do mundo, e a maior parte ia para Detroit - centro automobilístico do país. Nessa época, a borracha ainda vinha de plantas, então boa parte dela precisava ser enviada do Sudeste Asiático. Ford não desejava mais depender da importação da borracha britânica, por isso resolveu criar sua própria floresta de extração.

    Hospital moderno para a época, ainda mais levando em conta sua
    localização longe dos grandes centros

    Para realizar sua ambição, Ford comprou em 1927 um terreno de 14.568 km² no município de Aveiro, havia apenas 1 detalhe: o terreno era impróprio para o cultivo da seringueira, de onde era extraído o látex para a fabricação da borracha. Não sabendo disso, já no ano seguinte, 1928, Ford enviou toneladas de suprimentos e dezenas de funcionários com a missão de criar um subúrbio americano na selva amazônica, nos mesmos moldes daqueles encontrados na cidade de Detroit, coração da indústria americana de automóveis.


    Dentro de um período relativamente curto de tempo, já havia casas, água encanada, eletricidade, um hospital de primeira linha - onde foi feito o primeiro transplante de pele no Brasil - no meio da selva amazônica, coisa que era difícil encontrar com facilidade até mesmo nos centros urbanos da época com Rio de Janeiro. Ainda havia alguns extras como piscinas, campo de golfe e até um cinema, que condiziam com uma forte crença de Ford: o lazer e a felicidade de seus funcionários é uma parte essencial da economia e sucesso de uma empresa.


    Mas não era só festa, pelo menos para os brasileiros. Ford queria de fato transformar a Fordlândia em um pedaço dos Estados Unidos e não poupou esforços para isso. Importou desde os hambúrgueres até as danças de quadrilha dançadas nos EUA e quem não gostou muito disso foram os caboclos que trabalhavam por lá, houve rebeliões por causa da alimentação, por exemplo. Em 1930, na rebelião conhecida como 'quebra-panelas' os trabalhadores brasileiros prometeram fazer greve pois não queriam comer espinafre todo dia, eles queriam peixe, feijão e farinha, comida típica da região e com a qual eles estavam acostumados.


    Mas não eram somente essas as queixas dos brasileiros. Ford era um americano típico e puritano, não aceitava bebidas, jogos de azar e prostituição em sua cidade, o que causou a revolta de seus funcionários. Esta insatisfação, junto de outros fatores como o solo inadequado, a produção lenta e a falta de conhecimento de botânica de seus gestores americanos levaram o sonho de uma cidade americana no coração da selva amazônica ir por água abaixo.


    A pá de cal final na sepultura da Fordlândia foi a invenção da borracha sintética em 1945 que causou o barateamento da produção sintética e a inviabilidade da extração. No final das contas, o neto de Henry Ford, presidente da empresa à época, vendeu as terras e deixaram o Brasil com um prejuízo de 200 milhões de dólares em valores atualizados.


    Vale notar que, quando a Fordlândia nasceu, o ciclo da borracha já havia acabado no Brasil. Ele viveu seu auge entre 1879 e 1912, e acabou justamente porque os britânicos passaram a produzir látex com maior eficiência e produtividade no Sudeste Asiático, usando sementes roubadas da própria Amazônia.


    Veja abaixo mais algumas imagens sobre o projeto.


    Smiley face

    VALDERI FERREIRA

    Valderi é um programador e desenvolvedor com uma paixão por curiosidades e sites de conteúdo.

    Site: TEC 815 | Curisidades e Tecnologia

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